quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Não posso ter medo, porque confio. Tenho minhas inseguranças, minhas, só minhas. Meus fantasmas, minhas dúvidas, incertezas… Faz parte. Mas eu sei do que posso, do que tenho de fazer. Eu só ás vezes não sei diferenciar se estou sendo levada por minhas emoções. Sinto que estou ficando mais cabeça para algumas coisas, a gente olha o mundo da janela e sente medo, mas encara. Eu sorrio. Imperceptivelmente. Continuo a rir para o mundo, do lado de dentro da janela, apreciando as flores do jardim que fica logo embaixo. Jogo sementes de margaridas e observo-as crescer. Não quero e não vou ter medo de me jogar, na hora certa, nesse mar de flores.

A gente espera não encontrar nada de ruim nesse jardim. Sorrimos para o mundo lá fora, cultivamos e plantamos um monte de coisa boa, mas nem sempre vão corresponder do mesmo modo. E eu não posso me surpreender mais com isso. Bobagem. É difícil aceitar certas coisas, enfiar na cabeça que 2+2 era 4 para mim já foi complicado, imagina isso então. Eu só quero paz e leveza, mas o mundo lá fora pode ser cruel e as pessoas podem não ser como eu. Eu só quero encontrar gente que topa construir um jardim de amor e carinho e que o jardineiro seja atencioso. Ás vezes sinto que me desligo, porque me desencaixo. Me desencaixo do assunto, do lugar, da conversa. E fico assim, fora do ar. Porque as coisas são tão superficiais hoje em dia? Quero dar aquele bom dia de tirar o fôlego, dar beijo molhado no rosto e dar abraço de urso, daqueles bem apertados. Sou intensa e tudo em mim pede muito, mas peço muito do simples. Quero intensidade nas coisas simples. Eu só não demonstro isso. As pessoas parecem não me conhecer ou só me conhecem da janela. Não sei o que faço, por isso entrego nas mãos de quem sabe. Não vou ficar maluca, porque minhas loucuras já bastam. Sou neurótica, sou sim. Sou impulsiva e insegura. Tenho meus medos e pontos fracos. Mas amor aqui dentro é o que não falta. O que tá faltando é verdade nas relações. É como eu disse, gosto do abraço apertado, da risada alta e frouxa, do espontâneo e da bondade nos olhos das pessoas. Gosto de ver carinho no jeito de falar ou até mesmo de andar, gosto de poder ser assim, á flor da pele, completamente apaixonada pela vida.

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